Queridos!
Sempre abordo a questão de precificação em minhas aulas e palestras. Aliar a preferência do consumidor e os pilares para formação de preços, pode ser muito subjetivo… Adotar uma estratégia de preços é fundamental para o sucesso do negócio já que uma série de variáveis como público alvo, mercado, sistema tributário entre outros, precisam ser levados em consideração. Essa questão foi bem abordada neste artigo por Magno Diogenes Nascimento Santos e seu orientador Marcelo Francinni Girão Barroso.
Aproveitem a leitura.
Bjocas carinhosas!!!
Janaina
O setor varejista é muito competitivo e exigente, a busca das redes de supermercado para oferecerem os melhores produtos a preços justos e obter uma margem de lucro desejável é um grande desafio, pois entre as variáveis que compõem o mix de marketing, o preço é a que mais afeta a competitividade, o volume de vendas, as margens e a lucratividade das empresas.
A estratégia de precificação no canal de Atacado Supermercadista
No varejo supermercadista, o canal de atacado começou a ganhar importância nas organizações, que passaram a desenvolver estratégias para colocar os produtos à disposição dos consumidores. O canal atacadista é altamente competitivo e um dos fatores vitais de competitividade é o processo de formação de preço de suas mercadorias, e a formação de preços visa a lucratividade determinada pela empresa, então, esse processo é fundamental para o atingimento de seus resultados de lucro.
Atualmente para os varejistas, as escolhas de compra são muitas, pois com o mercado saturado, eles estão buscando negociações diretamente com os produtores, e os atacadistas, por sua vez, estão indo diretamente aos clientes finais e profissionais, construindo, assim, um novo formato de loja, chamado de atacarejo, com o intuito de não serem eliminados do canal.
O consumidor que compra no Atacarejo economiza entre 10% a 15% do valor total de suas compras no mês, quando comparado com os supermercados tradicionais (site Atacarejo).
Uma pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel (site Supermercado Moderno), revela que o consumidor está cada vez mais interessado no atacarejo, pois eles buscam preços mais baixos e atualmente de todas as compras feitas pelos brasileiros, 7,1% vêm deste segmento.
Este formato oferece cerca de 30% menos produtos do que os supermercados e se concentra em itens básicos que reduz as compras por impulso e ajuda no controle de estoque e orçamento, fazendo com que consumidores das classes A/B e até aqueles com o orçamento mais restrito das classes D/E passem a frequentar com mais assiduidade este formato.
Com atual crise financeira, os consumidores conquistaram um novo padrão de consumo, acessando produtos diferenciados e, agora, diante de uma desaceleração econômica, querem manter o que conquistaram. Isso indica que as pessoas já estão em busca de um ponto de equilíbrio quando o assunto é consumo.
Um dado que demonstra a situação de atenção no consumo é a ida ao ponto-de-venda, pois houve uma queda de 4,7% no número de visitas ao ponto-de-venda em 2014 com aumento do tíquete médio em 5,6% a cada visita, ou seja, as compras estão sendo mais planejadas (site Supermercado Moderno).
No setor atacadista, a grande concorrência existente obriga as diversas empresas a buscarem estratégias para estarem sempre à frente de seus principais concorrentes. O conceito de ter o menor preço do mercado, é um dos fatores que pode trazer ao consumidor a percepção de economia dentro do cenário econômico atual.
Magno Diogenes Nascimento Santos
Professor EAD na área de negócios.
Fundamentos de Marketing, Ética e Legislação em Comunicação, Comportamento de compra doconsumidor, Gestão estratégica, Teorias da Administração, Estratégia de Captação de pessoas esistemas de recompensas, Gestão de cargos e salários, Gestão integrada de treinamento ecompetências, Negociação e Pesquisa de Mercado.
Marcelo Francinni Girão Barroso
Doutor e mestre em Contabilidade pela USP (2014), Especializado em Economia de Empresas com ênfase em Gestão de Cooperativas pela FUNDACE Business School (2005), e Engenheiro Agrônomo pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (2001). Professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA). Diretor geral da CLATHE Consultoria Empresarial