Economia e coronavirus

Os abalos de uma pandemia que  atingiu o mundo todo, principalmente na área da saúde e da economia.

Logo no início deste ano de 2020, fomos surpreendidos com o surgimento de um vírus que a princípio foi julgado como inócuo, mas conforme os meses passavam foi se mostrando um grande vilão para a saúde e economia de diversos países, incluindo Brasil. A crise provocada pela Covid 19 (ou Coronavírus) afetou milhares de pessoas e empresas em todo o mundo, principalmente, aqueles que não tinham um planejamento financeiro efetivo.

Para você ter uma ideia, a pandemia foi responsável por desempregar 1,6 bilhões de pessoas em todo o globo. Aqui no Brasil, o número de desempregados é estimado em 150 mil. Quanto às empresas, a grande parte teve que se adaptar às pressas as normas de distanciamento social e buscarem alternativas para evitar que ocorresse uma queda brusca no faturamento.

Diante dessa nova realidade, elaboramos este artigo para mostrar, com detalhes, um panorama sobre a crise provocada pela pandemia. Acompanhe a leitura!

Covid 19: de inofensivo a vilão

A Covid 19 é uma doença provocada pelo Coronavírus SARS-CoV-2 responsável por causar infecções respiratórias. Contudo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que cerca de 80% das pessoas infectadas podem ser assintomáticas e apenas 20% dos casos manifestam os sintomas da doença, sendo que 5% apresentam um quadro clínico mais grave necessitando de um suporte para o tratamento de insuficiência respiratória.

Isso significa que a maioria das pessoas infectadas com a COVID-19 apresentará patologias respiratórias leves a moderadas dispensando, assim, a necessidade de um tratamento especial. No entanto, pessoas idosas e com problemas médicos subjacentes ― como doenças respiratórias crônicas, doenças cardiovasculares, diabetes e câncer ― fazem parte do quadro de risco, pois são mais propensas a desenvolverem doenças graves.

Nesse contexto, o infectado pelo Coronavírus pode desenvolver apenas um resfriado ou uma pneumonia severa. Logo, os principais sintomas são:

  • dificuldade para respirar;
  • tosse;
  • dor na garganta;
  • febre;
  • e coriza.

A transmissão da doença é feita por meio do contato com a pessoa infectada. Por isso, é recomendado a limitação do contato físico, o uso de máscaras, a higienização de objetos que podem ser compartilhados, lavar com frequência as mãos entre outros métodos de prevenção.

Até o momento, não há vacinas para o tratamento da COVID-19. No entanto, existem muitos ensaios clínicos em andamento em diversos países, com o intuito de encontrar uma solução definitiva para a eliminação ou controle da doença.

Coronavírus X economia brasileira

Economia e o coronavirusComo vimos, o Coronavírus é transmitido por meio do contato físico com o infectado. Devido às poucas informações sobre a doença e sua fácil expansão foi decretado, em meados de março, o isolamento social e, consequentemente, o fechamento de todos os pontos comerciais, permanecendo aberto apenas os considerados essenciais para a população.

Essa medida de prevenção, teve como principal objetivo frear o crescimento da doença e evitar um colapso no sistema de saúde do Brasil. Porém, essa decisão afetou diretamente a economia do país. Prova disso, é que o Indicador Antecedente Composto da Economia Brasileira (Iace), quando comparado com o mês de março, apresentou uma queda de 10,1% em abril. Ou seja, de 112,6 pontos foi para 101,2 sendo considerada, até o momento, a maior queda em 24 anos.

Além disso, a variação acumulada entre outubro de 2019 a abril de 2020 foi de 14,2% sendo visto também como um resultado negativo. Esses dados, foram calculados pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), juntamente ao The Conference Board (TCB).

A FGV também anunciou que o PIB brasileiro pode recuar 4,4% ainda esse ano. Contudo, apesar das projeções apontarem para um cenário cada vez mais negativo. Muitas ações têm sido feitas para mudar essa realidade. Tanto é que, em fevereiro, o então presidente Jair Bolsonaro, esperava um impacto inferior a 1% no crescimento previsto em torno de 2% do PIB. Em março, o governo cortou sua projeção de 2,1% para 0,02%.

Expectativa para uma recuperação lenta

No cenário mundial, os efeitos da pandemia tem abalado as estruturas políticas, econômicas e sociais de diversos países. Isso porque o mercado de ações e o valor do petróleo foram diretamente afetados. Empresas tiveram suas atividades encerradas e o número de desempregados subiu ainda mais.

Apesar do visível aumento da taxa de desempregos e da situação incerta de muitas empresas, Angel Gurria, secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), afirmou em entrevista à BBC que os países sentirão as reais consequências da pandemia nos próximos anos, por isso, o mundo levará um tempo para se recuperar totalmente da pandemia.

Além disso, já é fato que o choque econômico atual é maior que a crise financeira de 2001 ― desenvolvida após os ataques de 11 de setembro ― e 2008. Por algumas semanas, os ministros de finanças e chefes de bancos centrais que compõem o G20 acreditavam que a recuperação mundial apresentaria uma queda acentuada das atividades econômicas, mas com uma reabilitação rápida indicando um processo de restauração em formato de “V”.

No entanto, pelo que tudo indica, se feito escolhas certas, esse processo terá um formato de “U”. Isso quer dizer que haverá um longo caminho a percorrer antes de chegarmos no período de recuperação. Nesse contexto, o esforço agora se concentra em evitar que esse processo tenha o formato de um “L”.

Diante disso, a OCDE tem solicitado um plano de quatro pontas para lidar com os efeitos da pandemia. Essa medida inclui:

  • testes gratuitos para a Covid-19;
  • fornecimento de materiais e equipamentos para médicos e enfermeiros;
  • auxílio financeiro aos trabalhadores.

Muitos países, incluindo o Brasil, tem colocado em prática essas medidas numa tentativa de amortecer os impactos da pandemia na economia do país. Ainda não se pode afirmar as reais consequências da crise, pois é preciso aguardar o seu fim para calcular a quantidade de desempregados e o número de empresas que foram afetadas.

Portanto, ao longo deste artigo, percebemos que a pandemia afetou diversos campos da economia mundial. Além das medidas de prevenção propostas pelos governos, fica clara a importância de investir em um planejamento financeiro para garantir a sobrevivência da sua empresa durante a crise. Além disso, buscar informações a respeito dessa nova realidade ajuda na busca de soluções para lidar com ela.

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janaina macedo calvoJanaina Macedo Calvo é Professora dos cursos de economia, controladoria, contabilidade e matemática financeira. Mestre em Controladoria, Economista, e  Contabilista, atuou no setor público, como Conselheira de Emprego e Renda do Estado de São Paulo e Conselheira do Banco do Povo. Na área executiva, atua como Gerente de Pessoal e Finanças do Crea-SP, o maior Conselho de Fiscalização de Exercício Profissional da América Latina. É também, Palestrante na área financeira e motivacional, autora do blog Café&Finanças, colunista em finanças da revista Crea-online e desenvolvedora do Treinamento em Coaching Financeiro Batalha da Mente , Relato Integrado Para Entidades Públicas e Curso Preparação Financeira para Investimentos.

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